REPRESENTANTE DE PAIS E ALUNOS SUGERE MUDANÇAS NA AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DO ENEM

                                Maria Tereza Serrano Barbosa, Alejandra Schulmeyer, Malvina Tuttman e Luis Claudio Megiorin

O Coordenador da CONFENAPA (Confederação Nacional das Associações de Pais e Alunos) e Presidente da ASPA-DF, o Advogado Luis Claudio Megiorin, acompanhado de uma das Técnicas da PSICOMÉTRICA, Alejandra Schulmeyer, reuniu-se no INEP na segunda-feira, dia 7/1, com a Presidente Malvina Tuttman e a Profa. Maria Tereza Serrano Barbosa, Diretora da DAEB (Diretoria de Avaliação da Educação Básica). Na oportunidade falou que os métodos de avaliação da Educação Básica e o ENEM são as “meninas dos olhos” dos Pais de Alunos. São métodos de transparência capazes de aferir, ainda que não em plenitude, a qualidade da educação. Assim, para os Pais que bancam os dois sistemas de ensino a avaliação da proficiência dos seus filhos é fundamental.

A Presidente Tuttman falou em parceria com os pais de alunos, reconhecendo a importância da participação desses em todo o processo que envolve a educação, especialmente quanto às avaliações feitas por aquele órgão. Segundo a Presidente, os pais são elementos fundamentais, pois são os que estão mais próximos dos filhos no processo de educação.

A reunião tratou de aspectos técnicos, entretanto, não deixou abordar as falhas desse ano. Para a Presidente do INEP, esse ano o ENEM não teve as falhas ocorridas no ano passado, quando houve o problema de falha na impressão de alguns cadernos. Dessa vez houve um componente antiético gerado pelo acesso indevido a algumas questões.

Que tipo de professores são estes que pedem sigilo aos alunos sobre determinadas questões? Que ambiente é esse que nossos filhos estão estudando? A competitividade não é em si uma coisa ruim, mas quando um concorrente se utiliza de meios ilegais para auferir vantagem, aí temos um sério problema, complementa Tuttman.

A CONFENAPA entende que os problemas veiculados na imprensa que envolvem os certames de escolhas das empresas que dão suporte ao Enem e o vazamento das questões do pré-teste devem ser investigados a fundo pelos órgãos competentes que são responsáveis pela fiscalização e controle, tais como o TCU, o MP e a PF . É isso exatamente que pais e alunos esperam.

Diante disso, a CONFENAPA levou algumas propostas que entende, se aceitas, irão ajudar a melhorar a logística do ENEM, bem como a avaliação das escolas, o que revestirá em melhoria na educação e na transparência do serviço prestado.

Um exemplo emblemático, segundo Megiorin, é a questão da aplicação da Prova Brasil, pois não é justo que somente as escolas públicas ponham a cara à tapa, uma vez que essa avaliação, que é feita nos 5º e 9º anos, é realizada de 3 em 3 anos. As escolas privadas ficam de fora, pois seus resultados são feitos por amostragem, ao contrário das escolas públicas. Além disso, muitas escolas que vão até o 9º ano do ensino fundamental II não são avaliadas. Dessa forma, a Prova Brasil deve ser aplicada de forma censitária e obrigatória também nas escolas privadas.

Quanto ao ENEM, a CONFENAPA quer que seja revista a questão da voluntariedade do Exame para que este reflita melhor as condições de alunos. Isso acabaria de vez com a seleção que algumas escolas fazem, escolhendo os melhores alunos para se submeterem ao exame a fim de serem bem ranqueadas.

Nesse sentido, A CONFENAPA entabulou alguns pedidos a fim de serem analisados pelo INEP/MEC.

a)                            a Prova Brasil COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL  seja estendida às escolas privadas de forma censitária e obrigatória, no 5º e no 9º anos;

b)                            o ENEM seja aplicado de forma obrigatória como requisito de conclusão do Ensino Médio, PARA TODOS OS ALUNOS DE TODAS AS REDES DE ENSINO;

c)                            o banco de questões seja ampliado para 10 (dez) mil questões por matéria;

d)                            o ENEM, a partir do próximo ano, seja aplicado pelo menos em duas vezes;

e)                            o resultado do ENEM de 2011 e suas edições posteriores sejam expandidos de modo a demonstrar:

                                            i.          o percentual de alunos que atingiu média acima da média de suas respectivas escolas e

                                                                        ii.            o percentual de estudantes por nível da escala de      proficiência

A Presidente Malvina Tuttman viu com bons olhos as reivindicações da CONFENAPA, apesar de que os pedidos serão levados à deliberação interna. Entretanto, já foi adiantado que o itens c e d já estão sendo implementados. É meta do INEP que o ENEM de 2012 seja aplicado duas vezes. Quanto ao banco de itens, esse também será implementado.

CONFENAPA/ASPA-DF
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